segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Páginas


Arranco as páginas do meu passado como arranco as folhas de um caderno velho.
Retiro aquilo que não me interessa, que não me fez bem, amasso e jogo no lixo.
Tento colocar no meio disso as mágoas, tristezas e decepções.
Levanto a cabeça e tento olhar para o futuro.
E pode ser que no futuro eu reencontre o passado.
Os trilhos dessa estrada, que um dia se distanciaram, podem voltar a se aproximar.
Sigo em frente sem tentar entender os motivos das atitudes do mundo.
Digo mais uma vez para mim mesmo que não esperarei nada mais do próximo.
Afinal, não esperando, a gente tem menos chance de se decepcionar.
Vou embora.
Não sei se volto.