sábado, 10 de setembro de 2011

UTI



Normalmente sou um cara animado, mas esse post não é alto astral.
Ele fala de tristeza.
Ele fala já de saudade.
Ele fala de verdades.
Ele fala sobre o tempo que nunca para de passar.
O tempo que vai acabando para muitos.
É duro ver as pessoas queridas envelhecendo.
É duro vê-las se apagando como a chama bruxuleante de uma lamparina.
É duro vê-las murchando dia-a-dia como flores abandonadas sobre a mesa.
É duro ver o brilho do olhar ir enfraquecendo.
É duro vê-las perdendo o vigor, a força e até a vontade de sorrir.
É muito triste isso.
É de cortar o coração.
Mas fazer o quê?
Seres imortais não existem na vida real.
O desejo da imortalidade é expresso no mundo das artes.
O cinema tem exemplos. Seja na série de filmes Highlander ou na também série Crepúsculo, a alegoria da imortalidade está presente.
E há sempre aquela agonia do ser imortal em ver as pessoas próximas envelhecerem, enquanto ele mesmo não envelhece.
Mas, no mundo real, estamos longe dessa utopia.
Nós próprios, observando o envelhecimento dos outros, não nos damos conta de que estamos também envelhecendo.
Vamos dia após dia enrugando e amarelando como as páginas de um livro que aos poucos vai sendo rascunhado, rabiscado, mal-escrito.
É observando o envelhecimento e perdendo as pessoas queridas que precisamos nos preparar para o dia que também chegará a nossa hora.
Infelizmente a vida é assim.
Infelizmente a única certeza que temos nessa vida é que a morte um dia chegará.
Triste e pura verdade.

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