quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Carta a você que busca por respostas



Afinal onde andarão as respostas?
Qual é o motivo que te leva a, insistentemente, procurar por notícias de alguém que pediu que fosse embora e fechasse a porta?
Se não tem mais nada a ver por quê se incomodar tanto com quem anda ou o que faz a outra pessoa?
Por quê?
Já se perguntou?
Se não tinha tanta certeza sobre o que desejava de fato, então por quê insistiu em estabelecer o distanciamento?
E agora que a distância se torna cada vez maior no tempo e no espaço é que você começa a se sentir incomodada?
Se era e ainda é tão importante para você, por quê insistiu na ausência?
Se a vida é feita de escolhas, por quê você insiste naquelas erradas?
Nem tudo aquilo que se perde é possível recuperar.
Você deveria pensar nisso.
E pensar bem.
O tempo pode ser um aliado, assim como pode ser o pior inimigo.
Cabe a você saber usá-lo.
E você, mais de uma vez, já deu mostras de que não sabe ser amiga do tempo.
Os dias se sucedem.
Vão se seguindo.
E algumas coisas não mudam.
O orgulho prevalece, mas ainda assim as lembranças não te abandonam.
Ainda sente falta.
Ainda pensa muito.
Ainda não conseguiu esquecer.
Ainda não conseguiu achar ninguém à altura daquele.
Deixará de sentir?
Parará de pensar?
Esquecerá?
Achará?
Afinal onde andarão tantas respostas?
Procure-as aí do lado.
Elas estão contigo mesma!
Mas sinto informar que talvez elas não irão dizer aquilo que você insiste em demonstrar para o mundo e a falar da boca pra fora.

Música incidental: Ali (Skank)

"Ela andou e eu fiquei ali
Ou será que fui eu que dali mudei
Com uns passos mudos
De uma reticência?"

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